quarta-feira, 26 de outubro de 2011


Mulheres insensíveis?

Nos dias de hoje onde o pós modernismo predomina, e que há uma certa visão de masculinizar as mulheres deixando-as insensíveis e independentes na busca por seus sonhos, Pondé citando Philip Roth no livro Animal agonizante, traz uma opinião sobre a emancipação feminina, sintetizando muito bem tudo isso da seguinte forma:

"As mulheres não sendo mais frágeis, não necessitando dos cuidados masculinos e livres de uma sociedade que lhes impedia de crescer, seriam abandonadas pelos homens a sua própria sorte de "mulheres solitárias livres", as quais cansariam de si mesmas e de sua miséria existencial."

Observando através dessa ótica, os homens que buscam a mulher sensível, com todas as suas ordens rotineiras sobre: qual casa compraríamos, qual roupa que devemos vestir e nas afirmações de que somos homens vencedores ou não na sociedade (já que sabemos que são elas que determinam essas ideias na nossa mente), ficaríamos também solitários em nossa procura, pois em tese, os perfis femininos antigos são raros, sobraria apenas a vantagem de deixar a mulher a própria sorte, "elas não precisam mais da gente" rs. Contudo, sabemos que muitos de nós não teríamos essa coragem rs! resta então as perguntas: Essa sociedade atual vai gerar que tipo de consequência na vida da família tradicional? Esse modelo atual não testado vai se sobressair do modelo patriarcal que na modernidade até respeitava os direitos femininos? Por que não submeter esse novo contexto ao modelo cristão que visa uma harmonização do lar nas relações familiares? é de se pensar.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Pondé e a incapacidade humana para virtude


No Capítulo 7 "O gosto da culpa" do livro: Contra um mundo melhor do Filósofo Luiz Felipe Pondé, mostra a opinião de um pensador num mundo pós moderno sem sentido, sem hábitos e costumes universais, onde fragmentamos tudo e não explicamos nada, onde o eterno é materializado num agora, tudo isso para uma felicidade falsa e alienada num mar de solidão existencial com as mazelas da natureza humana. vejamos o trecho:

"A culpa me encanta. Dependemos da graça para sermos virtuosos (ele cita Agostinho). depois ele continua: Nossa natureza vaidosa e orgulhosa, por si mesma nunca sairá do seu pântano pessoal. A natureza humana é um tormento e isso descreve bem a vida. Muitos acham essa visão ultrapassada, mas sinto um prazer todo especial em ser ultrapassado num mundo superficial como o nosso. Sou submetido ao desejo, sou fraco, leio e escrevo como forma de combater a solidão do mal que me habita. Minha letra me ajuda a saber o que sou: um escravo do gosto."

Isso cheira a Agostinho, Calvino e outros que creem na natureza caída e da escravidão da vontade rs.