sábado, 7 de janeiro de 2012

Mídia: Regulamentar sem controlar!

   Tem sido comum em vários âmbitos da sociedade, a discussão sobre o papel e o poder que a mídia ou  imprensa,  como queiram, exerce sobre a sociedade como um todo.  É  verdade que esta imprensa tem o poder de influenciar na opinião e no senso comum da sociedade, tendo em vista que possui uma grande gama de formadores de opinião, que por sua vez são capazes de criar paradigmas com seus comentários.
  Um grande exemplo do poder da mídia no processo de formação de opinião da pública foi o caso do goleiro Bruno, acusado de matar Eliza Samúdio, que vinha exigindo uma alta pensão alimentícia para a filha que tinha com o jogador do flamengo. Não tenho o intuito de defender o goleiro Bruno, se ele foi de fato o assassino ou mandante deste caberá a justiça decretar. No entanto, temos que destacar que um dos princípios do direito é o de que “não há corpo, não há crime.” Em minha humilde opinião, a justiça não possui provas para mantê-lo preso, mas como o caso teve repercussão nacional e até internacional (através da mídia), e a sociedade se mostrou perplexa com o caso, a justiça ficou encurralada. Creio que se o caso não tivesse tido tal repercussão, o suspeito ( pois o caso não foi transitado em julgado) conseguiria impetrar Habeas corpus e responder em liberdade, pelo fato de ser réu primário e possui endereço fixo. Imaginemos se Eliza, daqui a alguns anos, aparece em uma cidade em qualquer estado brasileiro. Imaginem a indenização que o estado de Minas Gerais pagará ao ex-jogador.
    Outra questão que é muito discutida em vários segmentos sociais é o poder da mídia na política brasileira. A mídia vem sendo constantemente taxada por lideranças de vários partidos  como sendo golpista. O próprio presidente Lula se referiu a mídia com esse adjetivo.  Porém, creio que a mídia brasileira é de longe golpista.  Bem sabemos que a nossa imprensa é falha, assim como todas. No entanto temos que ressaltar que no ano que passou 6 ministros caíram de seus postos por corrupção,  e 5 deles foram denunciados pela imprensa. Posso muito bem destacar neste texto o programa CQC que invade Brasília para fiscalizar o cotidiano dos deputados e senadores, chegando  ao ponto de flagrar, por exemplo o deputado Nelson Meurer jogar paciência no momento da leitura das acusações da ladra Jaqueline Roriz. No plano estadual vemos o NETV levar calendários para resolução de problemas nas secretarias com a estipulação de prazos para a solução destes problemas. Não estou defendendo a mídia, porém creio que avançamos muito com a liberação da imprensa  póessões na televisão, quantos ditadura. É evidente que teremos ainda que rever conceitos quanto as conc a parcialidade dos jornalistas, quanto ao forjamento de informações e dados, mas deixo claro que ainda prefiro a mídia nas mão de cinco famílias do que nas mãos do Estado e uma consequente omissão de dados como a de cinco ministros corruptos.
  Para concluir quero levantar alguns pontos que creio que sejam importantes. Em 2008, Hugo Chaves decretou o fim da emissora privada RCTV, mostrando uma aversão à democracia. Mas a questão não é essa. A questão é a de que o PT apresentou nota oficial elogiando e parabenizando Chaves pelos seus feitos. Este é um problema. Concordo que temos que ter uma regulamentação, mas não um controle. Meu temor é que o PT está no poder, e se este apresentar-se a favor de fechamento de emissoras, isto se torna um grande perigo à democracia. Este perigo se fez documento com a elaboração do PNDH4( PLANO NACIONAL DOS DIREITO HUMANOS N° 4), que apresentava claramente, perigos a liberdade de expressão. Sugiro que leiam. Após a assinatura do então presidente Lula, a mídia caiu em cima e Lula falou que não tinha lido. É isso mesmo, um presidente que sanciona sem ler. O PT apresentou várias vezes tentativas de restrição aos meios de comunicação. Não estou fazendo campanha contra o PT, sou até a favor de algumas medidas econômico-sociais petistas, no entanto não me agrada este desejo petista. Temos que regulamentar, mas não controlar. Já sofremos 21 anos com restrição a liberdade de expressão, Não vamos deixar com que o governo controle a mídia, pois esta é a única oposição em vigência, tendo em vista as legendas que são opositoras no Brasil. Não quero, particularmente, a concepção e construção de Partido único tão sonhado por pseudos-intelectuais. Regulamentar sem controlar! Este é o conceito correto.