Um grande exemplo do poder da mídia no processo de formação de opinião da pública foi o caso do goleiro Bruno, acusado de matar Eliza Samúdio, que vinha exigindo uma alta pensão alimentícia para a filha que tinha com o jogador do flamengo. Não tenho o intuito de defender o goleiro Bruno, se ele foi de fato o assassino ou mandante deste caberá a justiça decretar. No entanto, temos que destacar que um dos princípios do direito é o de que “não há corpo, não há crime.” Em minha humilde opinião, a justiça não possui provas para mantê-lo preso, mas como o caso teve repercussão nacional e até internacional (através da mídia), e a sociedade se mostrou perplexa com o caso, a justiça ficou encurralada. Creio que se o caso não tivesse tido tal repercussão, o suspeito ( pois o caso não foi transitado em julgado) conseguiria impetrar Habeas corpus e responder em liberdade, pelo fato de ser réu primário e possui endereço fixo. Imaginemos se Eliza, daqui a alguns anos, aparece em uma cidade em qualquer estado brasileiro. Imaginem a indenização que o estado de Minas Gerais pagará ao ex-jogador.
Outra questão que é muito discutida em vários segmentos sociais é o poder da mídia na política brasileira. A mídia vem sendo constantemente taxada por lideranças de vários partidos como sendo golpista. O próprio presidente Lula se referiu a mídia com esse adjetivo. Porém, creio que a mídia brasileira é de longe golpista. Bem sabemos que a nossa imprensa é falha, assim como todas. No entanto temos que ressaltar que no ano que passou 6 ministros caíram de seus postos por corrupção, e 5 deles foram denunciados pela imprensa. Posso muito bem destacar neste texto o programa CQC que invade Brasília para fiscalizar o cotidiano dos deputados e senadores, chegando ao ponto de flagrar, por exemplo o deputado Nelson Meurer jogar paciência no momento da leitura das acusações da ladra Jaqueline Roriz. No plano estadual vemos o NETV levar calendários para resolução de problemas nas secretarias com a estipulação de prazos para a solução destes problemas. Não estou defendendo a mídia, porém creio que avançamos muito com a liberação da imprensa póessões na televisão, quantos ditadura. É evidente que teremos ainda que rever conceitos quanto as conc a parcialidade dos jornalistas, quanto ao forjamento de informações e dados, mas deixo claro que ainda prefiro a mídia nas mão de cinco famílias do que nas mãos do Estado e uma consequente omissão de dados como a de cinco ministros corruptos.
Para concluir quero levantar alguns pontos que creio que sejam importantes. Em 2008, Hugo Chaves decretou o fim da emissora privada RCTV, mostrando uma aversão à democracia. Mas a questão não é essa. A questão é a de que o PT apresentou nota oficial elogiando e parabenizando Chaves pelos seus feitos. Este é um problema. Concordo que temos que ter uma regulamentação, mas não um controle. Meu temor é que o PT está no poder, e se este apresentar-se a favor de fechamento de emissoras, isto se torna um grande perigo à democracia. Este perigo se fez documento com a elaboração do PNDH4( PLANO NACIONAL DOS DIREITO HUMANOS N° 4), que apresentava claramente, perigos a liberdade de expressão. Sugiro que leiam. Após a assinatura do então presidente Lula, a mídia caiu em cima e Lula falou que não tinha lido. É isso mesmo, um presidente que sanciona sem ler. O PT apresentou várias vezes tentativas de restrição aos meios de comunicação. Não estou fazendo campanha contra o PT, sou até a favor de algumas medidas econômico-sociais petistas, no entanto não me agrada este desejo petista. Temos que regulamentar, mas não controlar. Já sofremos 21 anos com restrição a liberdade de expressão, Não vamos deixar com que o governo controle a mídia, pois esta é a única oposição em vigência, tendo em vista as legendas que são opositoras no Brasil. Não quero, particularmente, a concepção e construção de Partido único tão sonhado por pseudos-intelectuais. Regulamentar sem controlar! Este é o conceito correto.
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