quinta-feira, 16 de junho de 2011

Com ou sem a mão do Estado?

                Ultimamente tenho participado de vários debates com amigos e com professores da faculdade sobre o melhor sistema de governo para a atualidade. É fato que as opiniões diferem em alguns pontos,  porém tem sido unanimidade que a presença do estado, em todas  as esferas, é primordial para um êxito na estabilidade econômica e social. A época publicou nesta semana uma matéria ressaltando a presença, em grandes proporções, do estado brasileiro na economia nacional, participando ativamente com 675 empresas do processo econômico. Mas essas intervenções são benéficas? no meu ponto de vista sim!
                Os EUA pós a segunda guerra mundial iniciou um sistema de política onde seu estado intervia diretamente na sua economia e nas políticas sociais, porém não "aceitavam" que outros países possuíssem essa intervenção, visando o neoliberalismo como meta. Ora, as empresas transnacionais americanas tinha que entrar em outras nações, trazendo lucro a seu país, mas como essas transnacionais entrariam em outros países com o estado realizando intervenções econômicas e realizando práticas protecionistas? O fato é que os EUA ditava a economia mundial do primeiro mundo (bloco capitalista de países desenvolvidos) e do terceiro mundo(países capitalistas não desenvolvidos) criando meios de reestruturação de vários países abalados com a guerra. o plano Marshal, o BIRD e o FMI são exemplos desses meios e eram monitorados pelos americanos. Portanto, é fácil entender como os EUA passaram a dominar mais de 1/4 da PIB mundial.
               Porém, não podemos interpretar e querer que essa intervenção se extreme a ponto de se tornar  um sistema socialista. Podemos denominar como sendo um "capitalismo de estado", onde a economia não é apenas regida por empresas que só visam o lucro, mas sim com a regulamentação do estado e intervenção deste com práticas protecionistas. Não quero dizer, com isso, que a economia seja 100% regida pelo estado. pelo contrário, creio que o mercado seja uma das principais ferramentas na manutenção na estabilidade econômica de uma país. As privatizações de empresas públicas também, se estudadas coerentemente,  são salutares para o estado. FHC foi criticado por privatizar empresas como "VALE DO RIO DOCE", também creio que cometeu um erro, porém é fato que essa empresa causava danos ao governo e era um grande alvo de corrupção. após a privatização, o estado passou a arrecadar mais de 2 bilhões de imposto por ano junto a essa empresa, gerando receita para investir em políticas sociais. A telefonia é outro exemplo deste raciocínio. quando o projeto foi lançado, várias correntes criticaram FHC, porém prataticamente todos temos um celular atualmente e pagamos vários impostos ao governo em uma pequena mensagem enviada.
                Isso posto, creio que estatizar ou privatizar empresas, tem que depender de um amplo bom senso e debates realizados por parte do estado. E volto a afirmar que nenhuma dessas duas hipóteses são maléficas quando bem empregadas. O mercado e seus empresários também devem existir, são eles geradores de empregos grandes contribuidores tributários, e levando para um plano mais amplo, foram eles quem construíram o país (por mais que seja difícil alguns concordarem). Mas sabemos que o estado tem que está a frente desses empresários. O governo não pode ser fantoche, tem que ser o plano maior em todos os âmbitos essenciais para a manutenção da estabilidade econômica e social.

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