quarta-feira, 29 de junho de 2011

Somos iguais em termos de capacidade?

Estive pensando sobre algo muito complexo após escutar meu Pastor numa de suas pregações, o assunto era sobre capacidade humana, e nesse ínterim foi abordado o tema: O resultado seria igual se todos os seres humanos recebessem a mesma educação e a igualdade de oportunidades?

Observando sobre o escopo Teológico diríamos que não, pois cada um nasce para uma função, ou seja, cada pessoa nasce para um serviço, com um dom específico, com um talento próprio, e isso tudo é inato e dado, sem méritos, sem autonomia da pessoa. Partindo desse princípio, poderemos usar uma outra esfera, que é a Psicologia, a mesma por suas experimentações afirma o seguinte:

"Os seres humanos são essencialmente iguais e funcionalmente diferentes, ou seja, podemos nos considerar iguais uns aos outros quanto à nossa essência humana (ontologicamente), entretanto, funcionamos diferentemente uns dos outros. Todas as tendências ideológicas que enfatizam a igualdade dos seres humanos, num total descaso para com as diferenças funcionais, ecoam aos ouvidos despreparados com eloquente beleza retórica, romântica, ética e moral, porém, falsas.”

“As teorias sobre igualdade plena entre seres humanos, sem que se reconheçam as diferenças funcionais sucumbem diante de incontáveis evidências em contrário: não resistem à constatação das flagrantes e involuntárias diferenças entre os indivíduos, bem como não explicam a indomável característica humana que é a perene vocação das pessoas em querer destacarem-se dos demais. O peso com que cada qual aspecto do Bio, do Psico e do Socio participam na maneira como a pessoa É hoje, aqui e agora, será extremamente variável e individual."

http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=94279131803943054

As implicações ditas acima, demonstram que os resultados de uma educação igual a todos não seriam iguais concernente a ação moral de indivíduos, nem a colocação do mesmo no mercado de trabalho, devido a fatores Biológicos, psicológicos, sociais e até divinos. Perguntamos: "O meio social determina o indivíduo?" ou "indivíduo determina o social?" porque se existe um método capaz de igualar os seres como o sonho de alguns, que discursam nos palanques e academias, logo veríamos resultados brilhantes se tais métodos vingassem, exemplo: se todos fossem educados para serem governantes? qual resultado seria? se todos recebessem uma instrução de uma moral Universal ou uma moral vigente de sua época para contribuir numa harmonia social como queria Émile Durkheim?

ele afirmava que:

"A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios – sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento – que baliza a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela".

Essa linha de positivismo que possuindo o método cientifico, tendo suas leis e sendo experimentadas, pensava-se gerar resultados absolutos como uma ciência pura. Contudo, não se demonstraram na prática em relação as Sociedades, em virtude de se tratar de seres e não experimentos químicos, ou seja, nem todos conseguem ser moralmente iguais, nem todos como profissionais chegam a ser médicos, nem todos conseguem ser advogados, nem cientistas, nem artistas. Assim, sabendo que fatores que fogem da nossa autonomia e de nossa competência determinam o que somos e o que seremos, como ficamos diante disso? foi algo divino que determinou-nos? foi a sociedade que não nos deu oportunidades para vencermos? foi o destino? ou foi o acaso, e se foi o acaso, como seremos responsabilizados pelo acaso? fomos predestinados? somos autônomos? somos livres? Queremos deixar não respostas a todos e sim questões a se pensar.

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